Tive o privilégio de ter estudado na mesma turma do curso de Letras, no Centro Universitário da Cidade, com Luíz Horácio, e ao ler seus livros, me converti numa admiradora de seu estilo literário, muito parecido ao de Gabriel García Marques. Vê-lo brilhar nessa difícil profissão de escritor, para mim é um orgulho.
PERCILIANA E O PÁSSARO COM ALMA DE CÃO - Luíz Horácio Rodrigues - 1°. Livro
Uma saga gaúcha no melhor estilo dos pampas.
A Editora Conex (antiga Códex) lança Perciliana e o pássaro com alma de cão, romance épico que marca a estréia do escritor gaúcho Luíz Horácio Rodrigues como romancista. A saga da família Souto, no interior do Rio Grande do Sul, vista por um jornalista cosmopolita de seu apartamento em Copacabana, é narrado com o auxílio da negra Perciliana, que tem a idade daqueles personagens de Garcia Márquez.
Na apresentação da obra, a escritora Marici Passini, observando que a personagem do escritor/narrador permanece anônimo do início ao fim do livro, valendo-se das lembranças e comentários de Perciliana, destaca: “A estrada que nos levará mais longe ao sul! Ao sul! Sempre ao sul – até o momento em que aquela terra, seus habitantes e suas aventuras se misturam às aventuras do nosso espírito. Nos tornamos então um dos Souto e – glória maior para o leitor! – passamos a acompanhar de dentro, em puras impressões e imagens os seus destinos. A cada página nos damos conta que a realidade não é o que parece. Essa tensão – mantida com mão firme do início ao fim do livro, entre o que observamos, sentimos, acreditamos, sonhamos nos mantém grudados na leitura até a última página. Vamos percebendo que o autor é um afinador da realidade”.
No prefácio de Perciliana e o pássaro com alma de cão, o escritor Fausto Wolff, também gaúcho, assegura que o novo romancista tem força de vontade e talento suficiente para ser colocado na estante ao lado de expoentes de sua terra como Érico Veríssimo e Josué Guimarães. E antecipa: “O truque de Horácio foi inventar o jornalista para escrever a história de Santiago e sua família. Quando chegarem ao fim, vocês acabarão descobrindo quem é Perciliana e quem é o pássaro com alma de cão”. Fausto desafia o leitor a largar o livro depois das trinta primeiras páginas.
Luíz Horácio dedica o livro a seu pai, Alvorino Machado Rodrigues: “Não foi nada fácil encontrar algo que eu pudesse dar a quem me deu tudo”.
Uma saga gaúcha no melhor estilo dos pampas.
A Editora Conex (antiga Códex) lança Perciliana e o pássaro com alma de cão, romance épico que marca a estréia do escritor gaúcho Luíz Horácio Rodrigues como romancista. A saga da família Souto, no interior do Rio Grande do Sul, vista por um jornalista cosmopolita de seu apartamento em Copacabana, é narrado com o auxílio da negra Perciliana, que tem a idade daqueles personagens de Garcia Márquez.
Na apresentação da obra, a escritora Marici Passini, observando que a personagem do escritor/narrador permanece anônimo do início ao fim do livro, valendo-se das lembranças e comentários de Perciliana, destaca: “A estrada que nos levará mais longe ao sul! Ao sul! Sempre ao sul – até o momento em que aquela terra, seus habitantes e suas aventuras se misturam às aventuras do nosso espírito. Nos tornamos então um dos Souto e – glória maior para o leitor! – passamos a acompanhar de dentro, em puras impressões e imagens os seus destinos. A cada página nos damos conta que a realidade não é o que parece. Essa tensão – mantida com mão firme do início ao fim do livro, entre o que observamos, sentimos, acreditamos, sonhamos nos mantém grudados na leitura até a última página. Vamos percebendo que o autor é um afinador da realidade”.
No prefácio de Perciliana e o pássaro com alma de cão, o escritor Fausto Wolff, também gaúcho, assegura que o novo romancista tem força de vontade e talento suficiente para ser colocado na estante ao lado de expoentes de sua terra como Érico Veríssimo e Josué Guimarães. E antecipa: “O truque de Horácio foi inventar o jornalista para escrever a história de Santiago e sua família. Quando chegarem ao fim, vocês acabarão descobrindo quem é Perciliana e quem é o pássaro com alma de cão”. Fausto desafia o leitor a largar o livro depois das trinta primeiras páginas.
Luíz Horácio dedica o livro a seu pai, Alvorino Machado Rodrigues: “Não foi nada fácil encontrar algo que eu pudesse dar a quem me deu tudo”.
O autor
Luíz Horácio Pinto Rodrigues nasceu em 19 de maio de 1957, em Quaraí, RS. O pai, Alvorino Machado Rodrigues, de Dom Pedrito, e a mãe, Doralina Pinto Rodrigues, vinda do Uruguai, são influências constantes em sua memória e gratidão. Pai de três filhos, Pablo, Thamara e Luísa, e avô de Yago, Luíz Horácio viveu 17 anos no Rio de Janeiro, atualmente vive em Porto Alegre. Para ele, a morte sempre será uma grande sacanagem: espiritismos, esoterismos, teses, apaziguamentos emocionais diante da grande ceifadora, nada disso serve de consolo. Nada é maior e mais “eficiente” do que a dor. Nem mesmo a alegria e a paz.
Perciliana e o pássaro com alma de cão, de Luíz Horácio
Editora: Conex
Nº de páginas: 280
Preço: R$ 49,00
Comprar o livro: Livraria Ponte de Tábuas (Rua Jardim Botânico, 585 esquina c/a J.J. Seabra
Tel. (21) 2259-8686 Rio de Janeiro – RJ
Editora: Conex
Nº de páginas: 280
Preço: R$ 49,00
Comprar o livro: Livraria Ponte de Tábuas (Rua Jardim Botânico, 585 esquina c/a J.J. Seabra
Tel. (21) 2259-8686 Rio de Janeiro – RJ
matéria extraída do site: http://www.olobo.net/index.php?pg=colunistas&id=496
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Nenhum Pássaro no Céu resgata a conexão do gaúcho com suas raízes latinas, proeza rara em nossa literatura. Na região da fronteira do Brasil com o Uruguai, o autor nos apresenta o patriarca Camilo Sosa, um fazendeiro mais preocupado em cultivar sonhos do que acumular riquezas materiais. Os diálogos francos, diretos, de Camilo e dos personagens que desfilam na obra são carregados de sonoridade e colorido especial na híbrida linguagem da fronteira, o portunhol.Mesmo baseado em fatos que marcaram a vida de seu autor, Nenhum Pássaro no Céu não pode ser classificado como um romance de memórias. Luíz Horácio vai além e consegue forjar na memória do leitor a lembrança de histórias nunca vivenciadas, mas que se tornam reais em seu imaginário. Trata-se de um romance regional que, como toda a grande obra, consegue partir do ambiente restrito para alcançar reflexões universais. Ao abordar frustrações, temores e sentimentos do homem da fronteira, o autor constrói um painel híbrido como o dialeto da região em que nasceu e se criou. Se Camilo ultrapassa os limites do tempo e da morte e alça vôo num céu só seu, Luíz Horácio busca na literatura o redesenho da nossa condição humana. Nenhum Pássaro no Céu é seu próprio vôo transcendental.
A composição dos personagens, a complexidade psicológica de cada um deles, a atenta observação social de seu tempo e, sobretudo, a narrativa fluente estabelecem o elo de identificação com o leitor e revelam um autor seguro de seu ofício. Uma aproximação com ícones como Erico Veríssimo e Gabriel Garcia Márquez parece inevitável. A afeição do autor pelo realismo mágico já delineado em seu romance de estréia (Perciliana e o Pássaro com Alma de Cão, Editora Conex, 2006) reaparece com menos pudores passando habilidades humanas a animais e permitindo ao homem transcender o tempo. A cada página podemos ver os sonhos que não se concretizaram, a felicidade inverossímil, as expectativas referentes a atitudes e amores tão humanos quanto impossíveis que encontram na fantasia o recurso capaz de criar novos mundos ou de pelo menos colori-los.
O livroNenhum Pássaro no Céu - Autor: Luíz Horácio
Editora Fábrica de Leitura
Nº de páginas: 224
Preço sugerido: R$ 37,50
